terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sistema de transporte

Eu nunca pensei que iria chegar o dia no qual ficaria feliz por nao ter mais que andar de metro e por porder trocar a rapidez dos trilhos por longas e imprevisiveis viagens de onibus. Especialmente agora, que realizei o sonho de morar perto do metro, numa cidade que tem um sistema de 5 linhas que te levam a quase todas as partes. Mas esse dia chegou!

O metro de Santiago está completando 40 anos e é considerado um dos melhores do mundo, comparado com o de cidades europeias como Madrid e Berlim. Nos dias de semana, dificilmente se espera mais de 2 minutos por um novo trem e as campanhas de marketing sao bem eficientes. Por exemplo, o condutor sempre lembra que os passageiros que vao entrar devem permitir primeiro que os de dentro saiam, e sabem que obedecem? Me disseram que isso resultou de uma campanha intensa de conscientizacao.
Atualmente, dados oficiais mostram que 2 milhoes de pessoas usam o sistema diariamente - e esse é o problema. Nas horas de pico, parece que os 2 milhoes de pessoas estao no seu trem!!! Na verdade, nao chega a ser tao ruim quanto a linha 2 do metro do Rio de Janeiro - onde já é necessario que os guardas empurrem as pessoas para fechar as portas - mas já é gente o suficiente para tirar o humor de qualquer mortal.

Os santiaguinos reclamam muito do metro lotado, especialmente porque nao era assim ha 2 anos. Porem, um novo sistema de transporte, chamado Transantiago, mudou tudo.

A idéia do Transantiago é boa. Voce paga uma passagem (que nao chega a 2 reais) e tem direito a uma viagem de metro e até 3 de onibus num periodo de duas horas. Ou seja, se voce pega o metro ate uma determinada estacao, depois precisa pegar um onibus que te deixe mais perto de casa, voce nao necesita pagar novamente. (O sistema so nao serve para duas viagens de metro. Uma vez que voce sai da estacao e tem q fazer uma outra viagem de metro depois, tem que pagar novamente, mesmo que seja 5 minutos depois).

Isso permitiu que muitas pessoas que só andavam de onibus pudessem usar o metro, que é mais rapido e nao esta a mercer de engarrafamentos, sem pagar nada mais. Ou seja, o numero de passageiros aumentou absurdamente do dia pra noite (somando o fato que as empresas de onibus aqui tambem sao um pouco mal administradas, e enquanto algumas linhas passam todo minuto, outras levam horas pra passar... assim como no Rio de jameiro).

Atualmente, eu moro ha umas quadras de uma estacao da linha 1, a principal, que liga lesta a oeste, e trabalhava perto da linha 2, que liga norte a sul. Para o meu azar, meu trajeto diario incluia as estacoes com maior circulacao de passageiros, e eu tinha que realiza-lo no horario de pico (tanto na ida quanto na volta). E fui percebendo o quanto isso me deixava estressada e me fazia odiar nao só todas as pessoas dentro dos trens, mas a humanidade de um modo geral.

Só que hoje meu escritorio mudou de lugar para um bairro mais proximo e tem um onibus ha uma quadra daqui que me deixa na porta. Ou seja, metro agora sera só por diversao e, de preferencia, em horarios alternativos!!! uh huh!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O produto é o mesmo, mas o nome... Quanta diferenca!!!

Um passeio cultural bastante interessante em qualquer país, ou mesmo em outros estados, é fazer uma visita ao supermercado, a uma feira livre... porque artesanato é quase o mesmo em qualquer parte da America Latina (independente da tribo indigena que vivia no local e só varia um pouco em relacao a riquezas naturais). É no supermercado que voce entende melhor habitos do dia-a-dia e percebe como o neoliberalismo e as multinacionais fazem quase o mundo inteiro comer as mesmas coisas.

Talvez as minhas amigas que estao passeando pelo Marrocos possam notar diferencas maiores do que senti aqui. Porque eu encontrei no Chile quase tudo que eu achei que nao teria: feijao preto, requeijao, queijo branco, doce de leite, cachaca 51, até suco de goiaba... Tirando a farinha de mandioca, nao sinto falta de muita coisa.

Como voces vao ver nas fotos abaixo, os produtos sao os mesmos que encontramos no Brasil, com uma pequena diferenca nos nomes. Coisa de marketing! Por exemplo, Leite Ninho aqui nao pode se chamar "Leite Niño", porque niño é menino, enquanto "ninho" no sentido de lugar onde passaros poem os ovinhos é "Nido". Para os outros, especialmente as marcas de sorvete, eu nao sei a explicacao :P